A arte plumária
é conhecida no mundo inteiro e está presente nos museus mais importantes, tanto
no Brasil quanto em outros países. Ela é famosa pela sua beleza e riqueza
Todos os grupos têm seu estilo e sua técnica, mas a
grande preocupação é fazer com que a arte plumária saia com perfeição. Cada
acessório feito carrega inúmeros signos e somente os povos do mesmo grupo podem
interpretar esse significado.
Arte Plumária
São os
homens que fazem a produção das peças, pois eles seguem certo ritual de coleta,
tingimento, caça e outros. As cores das penas não alteradas, obtendo a
coloração do amarelo-alaranjado.
A matéria-prima para confecção:
• Penas: são retiradas das asas e da calda do pássaro;
• Plumas: se localiza na costa e no peito da ave;
• Plumagem: encontra-se no pescoço, nas costas e no peito das aves.
Para
fazer a criação da arte plumária, existem dois hábitos em que os índios
brasileiros fazem:
- As tribos dos cerrados, costumam fazer peças enormes como, por exemplo, as
diademas.
- As tribos silvícolas, produzem peças mais delicadas.
Colocam as penas em camadas, sobre um pano de algodão .
A cestaria é o conjunto de objetos
feitos quando se trançam fibras vegetais.
Com as fibras, os índios produzem cestos para transportar coisas e
armazená-las, além de trançar pulseiras,
cintos, colares, fazer armadilhas de pesca, etc.
As fibras
usadas na cestaria indígena também variam: usa-se a taquara, o arbusto
"arumã" e a folha de palmeira, sisal, entre outros.
Cerâmica
Os índios brasileiros fazem peças de cerâmica para usar
como enfeites, panelas, vasos para pegar água, cachimbos, etc
Na produção das peças, a índia usa a argila e uma mistura
de areia, conchas ou cascas de árvore trituradas, para tornar a argila melhor
de ser trabalhada. Feitos com a massa vários rolinhos, coloca uns em cima dos outros, em círculo,
formando o vaso. Com instrumentos variados, alisa a superfície do vaso, unindo
os rolinhos.
O vaso pode ser queimado ao ar livre (fica com uma cor
alaranjada) ou em fornos de barro, fechados (nesse caso, a peça fica negra ou
cinza).
O
grafismo identifica cada tribo,
expressando uma variedade de motivos básicos exclusivos, formando padrões
distintos. Para essas sociedades, ele representa um cartão de identidade para
aquele que o usa. A linguagem visual transmite, a cada tribo, um significado
especial, caracterizando, identificando e distinguindo-a das demais.Os índios, e também
todos os homens de qualquer etnia, conseguem opor sua opção cultural à
realidade da Natureza.
O indígena deu um dos significados, o mais
básico, de suas pinturas corporais: diferenciar-se de outros seres da Natureza.
O índio pode se pintar quando quiser. Nenhum outro animal consegue modificar
sua aparência, usando meios que não o próprio corpo, apenas pelo desejo de se
embelezar, ou se destacar dos demais. Antigamente, os grafismos eram tatuados
no corpo com garras ou dentes dos animais. Hoje em dia, são pintados com o suco
do jenipapo, urucum para as
celebrações e rituais especiais.
INSTRUMENTOS MUSICAIS INDÍGENAS
Os instrumentos musicais mais comuns
são o chocalho (ou maracá), a flauta, o reco-reco (feito com casca de
tartaruga), as trombetas de cuia, percussão, sopro e os bastões de ritmo.
Maracá - usado
para acompanhar o canto. Para fazer o instrumento, os índios pegam uma cabaça e
colocam dentro dela pequenas pedras e sementes. Depois, fecham o buraco,
colocam no chocalho um cabo de madeira e o enfeitam com penas.
Pau-de-chuva -
instrumento de percussão, feito com um longo canudo de madeira onde se colocam
várias sementes. Quando o índio mexe o instrumento, o canudo faz um som que é
exatamente igual ao das chuvas das florestas da Amazônia - daí o nome "pau
de chuva“!
A música tem um papel de destaque nas
tribos indígenas brasileiras, por meio
dela, preservam grande parte de suas memórias e tradições.
Há, predominantemente, o uso de
poucas notas e quase nenhuma variedade de
andamento durante a sua execução. O ritmo geral é binário ou ternário e,
às vezes, alternam-se em um mesmo verso.
A música indígena envolvia
danças rítmicas, sobretudo nos festejos religiosos, e a fusão entre música e
dança era uma forma de celebração e culto de suas próprias crenças, ligação com
os ancestrais, no exorcismo, na magia e na cura.
Os sons da natureza se faziam
presentes na música indígena, que, por sua vez, procurava mimetizar os sons de
aves e de animais silvestres.
As
danças indígenas podem ser
realizadas por um único indivíduo ou em grupo e, salvo raras exceções, no alto
Xingu, não é executada em pares.
As mulheres não participam de danças
sagradas, executadas pelos pajés ou grupos de homens.
São utilizados, ainda, símbolos
mágicos, totens, amuletos, imagens e diversos instrumentos musicais e guerreiros
em danças religiosas, dependendo do objetivo da cerimônia .
Em
algumas danças, muitos usam máscaras, denominadas dominós, que lhes cobrem o
corpo todo e lhes servem de disfarce. A arte da expressão do corpo com seus
movimentos, sua organização estética e coreográfica, além do canto, ocupam um
lugar fundamental no desempenho do ritual indígena.
Entre os rituais
e danças mais conhecidos dos índios brasileiros estão o Toré e o Kuarup.
A dança do Toré apresenta variações
de ritmos e toadas, dependendo de cada povo. O maracá – chocalho
indígena feito de uma cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam pedras ou
sementes , marca o tom das pisadas e os índios dançam, em geral, ao ar livre e
em círculos. O ritual do Toré é considerado o símbolo maior de resistência e
união entre os índios do Nordeste brasileiro.
Arte indígena brasileira é a arte produzida pelos povos nativos do
Brasil, antes e depois da colonização
portuguesa, que se iniciou no século XVI.
Em algumas tribos indígenas, cabe,
aos índios mais idosos, usar as máscaras durante rituais para curar doentes,
proteger durante as guerra, espantar maus espíritos ou celebrar casamentos e
ritos de passagem - cerimônias nas quais os meninos e as meninas do grupo
passam da infância para a idade adulta.
Um Totem ou Tóteme é qualquer objeto,
animal ou planta que seja cultuado como Deus ou
equivalente por uma sociedade organizada em torno de um símbolo ou por uma
religião, a qual é denominada totemismo.
Totem é uma
palavra dos índios, designa o “Brasão” ou as “Armas” que a família o traz. Os
índios tinham-no como talismã e acreditavam que tal objeto velava por eles e os
protegia.