segunda-feira, 26 de novembro de 2012

1º ano - Arte Indígena - Rituais, Música e Dança


A arte plumária é conhecida no mundo inteiro e está presente nos museus mais importantes, tanto no Brasil quanto em outros países. Ela é famosa pela sua beleza e riqueza 
Todos os grupos têm seu estilo e sua técnica, mas a grande preocupação é fazer com que a arte plumária saia com perfeição. Cada acessório feito carrega inúmeros signos e somente os povos do mesmo grupo podem interpretar esse significado.
Arte Plumária                                                                 
          São os homens que fazem a produção das peças, pois eles seguem certo ritual de coleta, tingimento, caça e outros. As cores das penas não alteradas, obtendo a coloração do amarelo-alaranjado.
          A matéria-prima para confecção:
• Penas: são retiradas das asas e da calda do pássaro;
• Plumas: se localiza na costa e no peito da ave;
• Plumagem: encontra-se no pescoço, nas costas e no peito das aves.
          Para fazer a criação da arte plumária, existem dois hábitos em que os índios brasileiros fazem:
- As tribos dos cerrados, costumam fazer peças enormes como, por exemplo, as diademas.
- As tribos silvícolas, produzem peças mais delicadas. Colocam as penas em camadas, sobre um pano de algodão .
          A cestaria é o conjunto de objetos feitos quando se trançam fibras vegetais.  Com as fibras, os índios produzem cestos para transportar coisas e armazená-las,  além de trançar pulseiras, cintos, colares, fazer armadilhas de pesca, etc.
          As fibras usadas na cestaria indígena também variam: usa-se a taquara, o arbusto "arumã" e a folha de palmeira, sisal, entre outros.
Cerâmica
Os índios brasileiros fazem peças de cerâmica para usar como enfeites, panelas, vasos para pegar água, cachimbos, etc
Na produção das peças, a índia usa a argila e uma mistura de areia, conchas ou cascas de árvore trituradas, para tornar a argila melhor de ser trabalhada. Feitos com a massa vários rolinhos,  coloca uns em cima dos outros, em círculo, formando o vaso. Com instrumentos variados, alisa a superfície do vaso, unindo os rolinhos.
O vaso pode ser queimado ao ar livre (fica com uma cor alaranjada) ou em fornos de barro, fechados (nesse caso, a peça fica negra ou cinza).

          O grafismo identifica cada tribo, expressando uma variedade de motivos básicos exclusivos, formando padrões distintos. Para essas sociedades, ele representa um cartão de identidade para aquele que o usa. A linguagem visual transmite, a cada tribo, um significado especial, caracterizando, identificando e distinguindo-a das demais.Os índios, e também todos os homens de qualquer etnia, conseguem opor sua opção cultural à realidade da Natureza.
          O indígena deu um dos significados, o mais básico, de suas pinturas corporais: diferenciar-se de outros seres da Natureza. O índio pode se pintar quando quiser. Nenhum outro animal consegue modificar sua aparência, usando meios que não o próprio corpo, apenas pelo desejo de se embelezar, ou se destacar dos demais. Antigamente, os grafismos eram tatuados no corpo com garras ou dentes dos animais. Hoje em dia, são pintados com o suco do jenipapo, urucum  para as celebrações  e rituais especiais.
INSTRUMENTOS MUSICAIS INDÍGENAS
          Os instrumentos musicais mais comuns são o chocalho (ou maracá), a flauta, o reco-reco (feito com casca de tartaruga), as trombetas de cuia, percussão, sopro e os bastões de ritmo.
Maracá - usado para acompanhar o canto. Para fazer o instrumento, os índios pegam uma cabaça e colocam dentro dela pequenas pedras e sementes. Depois, fecham o buraco, colocam no chocalho um cabo de madeira e o enfeitam com penas.
Pau-de-chuva - instrumento de percussão, feito com um longo canudo de madeira onde se colocam várias sementes. Quando o índio mexe o instrumento, o canudo faz um som que é exatamente igual ao das chuvas das florestas da Amazônia - daí o nome "pau de chuva“!
          A música tem um papel de destaque nas tribos indígenas brasileiras, por meio  dela, preservam grande parte de suas memórias e tradições.
          Há, predominantemente, o uso de poucas notas e quase nenhuma variedade de   andamento durante a sua execução. O ritmo geral é binário ou ternário e, às vezes,  alternam-se em um mesmo verso.
          A música indígena envolvia danças rítmicas, sobretudo nos festejos religiosos, e a fusão entre música e dança era uma forma de celebração e culto de suas próprias crenças, ligação com os ancestrais, no exorcismo, na magia e na cura.
         Os sons da natureza se faziam presentes na música indígena, que, por sua vez, procurava mimetizar os sons de aves e de animais silvestres.
        As danças indígenas podem ser realizadas por um único indivíduo ou em grupo e, salvo raras exceções, no alto Xingu, não é executada em pares.
          As mulheres não participam de danças sagradas, executadas pelos pajés ou grupos de homens.
          São utilizados, ainda, símbolos mágicos, totens, amuletos, imagens e diversos instrumentos musicais e guerreiros em danças religiosas, dependendo do objetivo da cerimônia .
          Em algumas danças, muitos usam máscaras, denominadas dominós, que lhes cobrem o corpo todo e lhes servem de disfarce. A arte da expressão do corpo com seus movimentos, sua organização estética e coreográfica, além do canto, ocupam um lugar fundamental no desempenho do ritual indígena.
Entre os rituais e danças mais conhecidos dos índios brasileiros estão o Toré e o Kuarup.
          A dança do Toré apresenta variações de ritmos e toadas, dependendo de cada povo. O maracá – chocalho indígena feito de uma cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam pedras ou sementes , marca o tom das pisadas e os índios dançam, em geral, ao ar livre e em círculos. O ritual do Toré é considerado o símbolo maior de resistência e união entre os índios do Nordeste brasileiro.
Arte indígena brasileira é a arte produzida pelos povos nativos do Brasil, antes e  depois da colonização portuguesa, que se iniciou no século XVI.
          Em algumas tribos indígenas, cabe, aos índios mais idosos, usar as máscaras durante rituais para curar doentes, proteger durante as guerra, espantar maus espíritos ou celebrar casamentos e ritos de passagem - cerimônias nas quais os meninos e as meninas do grupo passam da infância para a idade adulta.
          Um Totem ou Tóteme é qualquer objeto, animal ou planta que seja cultuado como Deus ou equivalente por uma sociedade organizada em torno de um símbolo ou por uma religião, a qual é denominada totemismo.
Totem é uma palavra dos índios, designa o “Brasão” ou as “Armas” que a família o traz. Os índios tinham-no como talismã e acreditavam que tal objeto velava por eles e os protegia.

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